Falar sobre Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) tornou-se quase uma febre ultimamente. Todos têm algo a dizer, mas enfrentar o desafio dia após dia é outra história. Sim, há momentos de tensão e obstáculos aparentemente intransponíveis. Mas se há algo que aprendi, é que com resiliência e esforço, é possível encontrar um equilíbrio.
Ousei caminhar na contramão: escolhi não medicar meu TDA. Hiperatividade nunca foi meu drama, mas a impulsividade e a eterna dança com a desatenção têm sido parceiras desde minha infância.
No meu universo profissional, o cenário é semelhante. Quem nunca cometeu um erro pequeno ou se distraiu? O problema é quando a sequência de deslizes se torna um refrão desafinado e repetitivo em sua vida.

Sentia como se estivesse navegando em um mar de desatenção,decidi encarar a tempestade de frente.
Tomei a iniciativa de conversar com meu chefe. Para minha surpresa, ele não só elogiou o que eu faço bem como também se prontificou a ajudar-me com minhas dificuldades. Ele começou com pequenos lembretes, quase como uma brincadeira, mas a eficácia foi extraordinária. Os erros se tornaram visitantes raros.
Essa transformação não se deu apenas porque meu chefe se tornou um farol em meio à névoa. Foi porque, finalmente, senti que estava em um ambiente favorável para meu desenvolvimento pessoal. E que contraste com líderes passados que, em vez de extender a mão, usavem de tirania e assedio moral, aumentando meu estresse e tornando tudo pior.
Agora, estou em um lugar bem melhor. Planejo minha rotina para maximizar minha eficiência e minimizar distrações. Trabalhei sete anos e meio em uma empresa que até me deixou a porta aberta para retornar. Então sim, diria que meus esforços têm dado frutos.
Hoje, minhas manhãs começam com exercícios de respiração, listas de verificação para nortear meu dia e momentos de relaxamento antes de mergulhar no trabalho. Sei como navegar nessas águas agora, e a jornada se tornou muito mais tranquila. Isto não significa que de vez em quando ocorram deslizes. Mas, aprender a conviver com esta condição e tomar uma atitude mais positiva ajuda e muito!
Grande Abraço